06 dezembro 2006

Se for possível...



Eu sei que não acreditam no Pai Natal!
Claro, isso é coisa de miúdos e, esse tipo de credulidade e inocência não são próprias de quem amadureceu na vida e tem mais com que se preocupar…
Deixem-me contudo falar como se fosse possível existir um Pai Natal. Mesmo sem barbas brancas, sem o seu fato encarnado, sem trenó ou renas.
Mais simples, sem a maçada de subir e descer pelas chaminés, e como é óbvio sem saco de brinquedos.
Dirão:
- Mas, esse… não é o Pai Natal, esse… não é a figura mítica que todos associamos imediatamente no subconsciente a uma imagem que de alguma forma sabemos não existir, mas que conseguimos visualizar.
Paradoxalmente somos por um lado levados a dizer: - não existe! E, somos por outro, induzidos na ilusão da sua existência.
Eu sei que a motivação se deve às crianças. Que é uma forma sempre original e renovada de trocar presentes e ver sorrisos de felicidade ainda que se repita pelos tempos e atravesse gerações.
Quem não fez os seus pedidos ao Pai Natal ainda que secretamente? Quantos não escreveram uma cartinha a manifestar os seus desejos na expectativa de ver conseguidos algumas deles?
Simbolicamente cada um de nós, e provavelmente todos os que pela lei do tempo, geraram a vida são os “Pais Natais”.
E sabem.. Estamos quase no Natal!
Na quadra mágica do sonho, das árvores enfeitadas, dos fritos, da noite de consoada e da família que se reúne.
Por isso, escrevo duas linhas ao” Pai Natal”pedindo-lhe que se for possível leve de presente a toda a Humanidade, Alegria, Entendimento, Paz, Amor, Saúde e Felicidade.
Pode muito bem ser que satisfaça algum dos meus pedidos!

Raúl Duarte

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